terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Soneto para uma nova vida....

Há de o tempo fazer-te
muito mais sã do que hoje basta
e como arremate de hasta
ferir-te levemente a sensatez
Sobrará, leve, o riso
de tudo que descansa sobre sua tarde
entre qualquer instante indiviso
outra porção de eternidade
Suprimida à seus prazeres
e por teus passos, espargidos
no peito contido, por outras tantas saudades
Como se largo fosse
a fresta duma vida inteira
tornarás, por brincadeira, a primavera verdade.

Caio Rihan


PS: sim sim ele broca...rsrs

beijoo Caio =D

...

É triste ver como nos toma conta
Ver que já passou da conta,
Que já se foi
Mas ainda perturba,
Machuca
Era amor, agora é mentira
É triste ver
Isso que se tornou
Isso que a gente se tornou
Tomados por tanta mágoa
Tantos erros
Nossos erros
Que transbordaram
E nos afogaram
E agora com pulmões cheios d´gua
Tentamos respirar.

EU QUERO PAZ...

Esquecer é o melhor a se fazer

Esquecer,

Não me importar

E por fim,

Ter paz...

...

escrevo letras
apago palavras
e reescrevo historias...

sábado, 25 de dezembro de 2010

Borrões...

A tinta forte marcava e escrevia letras bem feitas e formadas...
O tempo passa e a mão cansa...
As letras entortam...
A tinta enfraquece...

Uma gota negra escorre a ponta da pena,
Manchando todo o papel

Seguindo escrevendo as palavras ficam indecifráveis
E se perguntam porque ainda são escritas...

Interrompidas, perdem a razão de existir...
Palavras no inicio bem escritas,
No fim, borradas...

Na espera que se apaguem por completo,
E tenha a folha reciclada.

Novas de novo...

As palpebras caem, e sinto amolecer cada sentimentro que me pertence. Minhas mãos formigam enquanto escrevo, novas drogas e a historia se repete.
Meu cérebro me mantém acordada insistindo que eu assista todo o espetáculo dirigido por eles e estrelado por mim. Meu estômago demonstra repulsa  só de lembrar das manhãs jogadas a cama.
Será que vou passar por tudo de novo?

...

Cristalina hidrata
A branca droga
Subindo a lua
Descendo a garganta.
Por fim o destino a encontra
Digerida, ela entorpece
Confundindo nervos
E restaurando ordem
No que sempre foi CAOS!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Arritmia...¬¬

Eis que escuto um galope,
E procuro nos cantos e meios
Entre as meias e os contos

Escuto um galope
E agora já o sinto
Perseguindo-me
Se aproximando
E galopando...

Galope desgovernado
Me tira o sossego,
Me tira a vida
E segue galopando

Pois não, quando me viro do avesso
La está o galope,
Descompassado, e arrítmico

Arrítmico ele insiste na arritmia
Ritmo que não existe
E ainda insiste...

Batendo pena no sertão...

Se nois fosse avoar pelo sertão
Como dois passarinho avistano a seca de longe
Será que ia ser tão formoso quanto ver eles
Desenhando o céu com as avoada
Batendo pena que nem numa dança
Será que ia ser tão formoso?
Homi que copia bicho
E nem chega perto das beleza que já veio pronta
Tenta, mas nem consegue
Mata, mas nem chega perto
Nós foi feito p\ avistar de longe
E nem piscar p\ num assustar
Que nem dente de leão
Que se desmantela só com um suspirar.
Nois não assopra nem assobia
Espanta, põe p\ la,
É melhor ficar vendo de longe
Do que chegar perto p\ matar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Por um momento...

Em um piscar de olhos tudo se repetiu
La estava ela, esperando um sinal.
E um filme me rodopiou por dentro
Relembrando cada momento
No seu espaço ainda não preenchido.
Quando me dei por mim
Ela já estava em meus braços outra vez
Minhas mãos torneavam suas curvas
E novamente eu me perdia em sua sinuosidade
Como se tempo algum tivesse passado.
Anos viraram minutos de espera
O nosso ardor particular ainda era o mesmo
O toque, o beijo, nada havia mudado
Nosso jeito continua nos rondando
No deleite do nosso primeiro e único amor

Fonseca

domingo, 12 de dezembro de 2010

Fim...

Uma apunhalada no peito, seguido de um grito de dor, um grito mudo e barulhento, só ouve quem já sentiu ou sente a dor descrita.
Com coração despedaçado sinto como se já houvesse um enorme vazio em seu lugar, e ele se despedaça, deixando seus pedaços na arma do ceifador, que sem pena da o golpe final, matando o que restava de vida em suas mãos.
Agora o novo espetáculo é esperar que o último suspiro se solte p\ que o que restou do ar preso seja expelido e se junte aos demais, e por fim deixar a pobre alma viver sua morte em paz.

Jheu Fonseca

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Caminho ate Morfeu...

Ao som do chorinho tento cair nos braços de Morfeu que cuida e faz esquecer de tudo com um circuito a ser percorrido de nuvens que deslizam ao corpo feito chama saudável e flamejante que esquenta e nos faz sentir em casa...
Morfeu ele que me traz a paz do sono...e me bota a prova dos sonhos, uma interpretação noturna do que foi e do que vai ser o resto dos nossos dias. Cercado por nuvens ou por fogo, ou por nuvens fogosas que amaciam a queda e queimam os fundos por pura diversão.
E a cada chorinho que passa as palavras mudam de jeito, forma e intenção, as notas e instrumentos se misturam guiando os meus dedos para que eles harmoniosamente formem palavras, e escrevendo e escrevendo sei ate onde quero chegar:
- Quero chegar ate morfeu...

"madrugada de 09\12\2010"

Jheu Fonseca

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Conversa a fiado...

Vendendo conversa a fiado
sem cobranças de pagamento
p\ quem quiser comprar
p\ quem quiser acrescentar
um parabens, uma cerveja
mais gente se aproxima
a conversa ta barata
todo mundo quer comprar
a um bom prazo
sem pressa
e chega gente chega ideia
com ditos e populares
compartilha pensamento
e vende mais conversa
a noite vai caindo
a chuva quer participar
bagunçando com trovoadas, relampagos a iluminar
a boca fica seca
traz mais cerveja
e vem chegando mais
que enquanto tiver no estoque
conversa fiada é o que não vai faltar

Jheu Fonseca

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

É dela o olhar...

Apenas o olhar bastou
simples e sutil,
mas apenas ele bastou
roubou p\ sí
apenas no olhar
o sol fazia dele sua morada
expelindo a luz dourada
com pontinhos brilhantes ao redor
roubando mentes e sorrisos
ela seguia,
colecionando atenções...

Fonseca

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pedaços...

Em quanto sigo caminhando
Pedaços de mim caem na estrada
E me sinto desintegrada e incompleta
Mas sem perceber continuo caminhando
E tentando descobrir o que me falta
Espero que quando eu chegue ao fim
Tenha a idéia de olhar para o chão
E usar os pedaços de mim
Para voltar e me ter de volta...


Jheu Fonseca

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cansei...

Às vezes cansa sorrir e fingir estar tudo bem
Às vezes cansa, engolir as lágrimas e vomitar gargalhadas
Só às vezes também.
Cansa mostrar o contrario e dizer o reverso
Às vezes é bom, não estar ali
Porque sinceramente cansa ficar e vê-los ir
Cansa tentar soltar as minhas rédeas,
As asas doem das marcas das correntes
Que me prendem e me machucam
A pele afunda, criando espaço para elas que me apertam.
Às vezes cansa, fingir ser isso
Um ser humano vil e onipotente
E da vontade de poder ser frágil e chorar ate dormir.

Jheu Fonseca

Neblina de mim...

Olho para o céu ensolarado e ele escurece
Nuvens negras tomam conta de um belo dia
É quando percebo que a neblina sou eu,
Esfumaçando a visão dos que me aproximo
Entontecendo e causando confusão ao que vejam
Roubando mentes e olhares.
Será que sou o que vejo
E o que vêem?

Jheu Fonseca

Páginas no lixo...

Escrevo desesperadamente
Tentando cessar a angustia
As palavras são minhas ouvintes
E nelas descarrego tudo isso que me consome
Como um livro desesperado para ser aberto e desmistificado
Mas o tempo passa, e as páginas que já foram lidas tantas vezes se desgastam, e ressecam e partem.
E o lixo agora é o lar
Lixo de palavras de sentimentos
Lixo de mim e de minha angustia.

Jheu Fonseca

V x M

Meu corpo enfraquecido treme dentro de mim
E sinto tudo fora do lugar,
Como verdades que parecem mentiras
Mentiras que me tiram a paz.
E o conflito dentro de mim se estabelece
Estou lutando comigo mesma
E a luta continua a me destruir
Me enfraquecer e me estremecer...

Jheu Fonseca

Tetris...

O nada me consome
E ele vem cheio
De coisas incertas e desajustadas
Como um tetris mal colocado, que só cresce e toma conta
E quando chega ao topo, vê que nada se é...

Jheu Fonseca

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Deixe em paz os passarinhos...

Desculpe se não fiz,
Se não o mostrei,
Se não disse que te amo todo o tempo.
Mas foi como você me disse há um tempo, “se me ama me ame baixinho, deixa em paz os passarinhos”. Acho que é assim, quando se acalma, ele fica quieto, mas está lá, acarinhado e coberto por nós dois...

Jheu Fonseca

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hidropônica...

E agora sem saber mais por onde caminhar
A solidão prévia me guia
E me sinto cega andando acompanhada por ela
Que me cega me machuca e me abandona.
Sem cor, sem brilho
Eu sigo cega em preto e branco,
Voltando p\ o lado negro da força
Deixando as fraquezas me tomarem conta
Sigo caminhando,
Como raízes hidropônicas seguem flutuando,
Machucada e machucando...

Jheu Fonseca

sábado, 20 de novembro de 2010

Então, não é que tudo tem um lado positivo mesmo¿
Procure, revire, fuce e force que você acha, se você quiser também né. Mas é isso ser otimista ou não ser tão pessimista às vezes é bom...
Ex: o pneu do seu carro furou no meio da estrada no escuro, pow pense ai o céu como não deve ta lindo?
Eu ia sair de casa p\ me divertir e curtir os amigos um pouco, me embolei em uma mentiroca besta, e minha mãe se estressou e eu tive ir dormir na casa da minha avó, brother o sorvete que ela fez ta tão doce quanto a noite. Lado negativo: to com uma gripe miserável, mas fazer o que né? nem tudo é perfeito...

Jheu Fonseca
Estava tudo preparado, só restava por em prática. Mas a onda foi mais forte, e passou destruindo tudo, os castelos de areia foram por água abaixo, como pó se disseminando no espaço.
Só restava ultimo toque, já estava tudo pronto, porém mais uma vez deu tudo errado, no pior dos sentidos. Agora começar tudo de novo se reerguer e fazer tudo dar certo, ou fazer tudo dar alguma coisa, porque como diz um grande amigo, se tudo der certo eu to fudido...

Jheu Fonseca

Solitude...

As palavras saiam da sua boca como um tiro certeiro em minha direção, os seus lábios faziam questão de explicá-las letra por letra:
- VAI VIVER A SUA VIDA.
Ela disse, e com essas palavras me lançou a pior sentença que existe, a sentença da liberdade perpétua.
Então o que me restava? o mundo, os outros, as coisas que existiam lá fora.
Estava eu preso do lado de fora do abraço que foi meu durante tanto tempo.
Agora eu estava livre, esperando encontrar os braços abertos e escorregadios da solitude.

Fonseca

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Estranhamente poético...

É diferente estranho e surpreso
Como nada que tinha conhecido antes
Ensina retrai e retrata
Como uma imagem sinestésica confusa
Versifica diversifica e reveste
Vendo e revendo passos que possam ser dados
Livre jovem e indecisa
Seu eu lírico mostrando o meu eu.
Lírico e estranhamente poético
O mundo que a indecisão seduz
Conhecendo...

Jheu Fonseca

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Entre os cantos...

Voz abafada
Calada por situações
Que implicam
Que teimam
Que queimam
E calam...
Grito abafado
Calado pela trindade
Calado pela tirania
Calado pela sociedade...
Emoções sufocadas
Amores proibidos
Vidas aprisionadas.
Desejos sussurrados, amores escondidos e revoluções mascaradas.

Jheu Fonseca

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Frestas...

Entre as frestas de pele...
Frestas de fumaça...
Frestas de seda...
Frestas de pensamentos e idéias,
Pontos individuais e distintos se destacam.
Tomando proporções imperativas com leve ou pesadas doses de lisergia.
Formando assim momentos e idéias,
Sugando entre as frestas e os pontos, um pouco de luz na escuridão...

Jheu Fonseca

sábado, 11 de setembro de 2010

Medindo os meus passos nos vento,
Pedindo ao tempo para esperar um pouco
Só p\ ver se da tempo.
Tempo, tempo, tempo,
Só com o tempo vai dar p\ saber
Qual das partes está certa,
Ou se as duas estão.
E enquanto espero
Fico nessa encruzilhada
Passando uma certeza que não tenho,
Tentando mostrar a segurança que antes era segurada
E que agora está tendo que aprender a se segurar com seus próprios braços.

Jheu Fonseca

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Amor viral...

Todos falam de futuro,
Que futuro eu terei, se não ao seu lado?
Em baixo dos lençóis fazemos a nossa historia,
E mal sabem eles que vai ser p\ sempre.
Envolvidos de mais, sempre estivemos
No primeiro olhar o envolvimento foi viral
Um vírus que se instalou em nós
E tomou os nossos corpos
E esse vírus baby, é mortal
Se alguém nos separa, seremos incompletos
E o resto da vida, só será o resto...
Então, I tell you daddy:
Vai durar, e é p\ sempre
Não adianta mais retroceder
Estava escrito, era p\ ser assim
E vai ser...

Jheu Fonseca

segunda-feira, 23 de agosto de 2010


São tantas palavras que passam na minha cabeça, que eu não consigo escolher as melhores para descrever o melhor presente que sem querer a vida me deu. Foram tantos poemas que agora chego a pensar que virou rotina. Mas não, o encanto só aumenta e a poesia que salta as folhas, está agora presente em nossos corpos, consumindo essa paixão, que é mais que mero encanto entre dois seres..."é fogo ardendo em prazer."

Rafel Pinheiro (meu amor s2)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Os fantasmas do passado...

Os fantasmas do passado vieram assombrar o meu paraíso. Mesmo eu não tendo medo deles, o meu fiel visitante permanente não acostumado, assombrou-se.
Se assombrou de tal forma que eu não esperava, um susto que me assusta. Já tinha me acostumado a viver com esses fantasmas, eram sempre presentes na escuridão da minha vida, mas agora tudo é luz, tudo é lindo, e não tem mais espaços para nenhum fantasma. Porém eles insistem em aparecer.
Dessa vez não vou deixar os fantasmas espantarem meus visitantes, é de minha intenção que eles criem raízes e virem moradores, criando lares com muito amor, e sem nenhum fantasma.

Jheu Fonseca

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tediosa distancia...

A chuva insiste em cair
Só para distanciar o meu amor de mim,
Fazendo dele tão só
E de mim uma ansiosa sofredora
Aflita esperando a hora da sua chegada.
Se pudesse atravessar as ruas e paredes que nos afastam
Estaria com você agora,
Te aquecendo nesse dia de frio,
Cantarolando em seu ouvido nossa musica
Como um sussurro de hálito quente
Descrevendo o nosso amor,
Te acolheria em meus braços
E só isso seria suficiente
Nós dois e o nosso amor.
Então não haveriam mais necessidades
Meu corpo te mataria a fome,
Meu leite te mataria a sede,
Assim viveríamos para sempre
Somente com a junção dos nossos corpos e sentimentos
E a descoberta das melhores sensações...

Jheu Fonseca

domingo, 11 de julho de 2010

O ultimo romance...

De repente todas as dores sumiram, todos os antigos amores, o mundo em volta, nada mais existia, era só eu e você em um momento único e então as poesias e palavras de amor que eu já tinha escutado fizeram sentido. Nossos corpos combinavam como uma sinfonia harmonica que eu nunca havia ouvido antes. Era só eu e você e todo o amor que ainda existe no mundo, e todas as combinações que ainda existem para ser descoberta por nós dois.
De repente você virou único no mundo, como se todos os outros não existissem, e as palavras que antes eram temidas saltaram do meu peito diretamente da minha boca, eu te amo...e espero te amar p\ sempre. As lagrimas demonstraram a ligação e a felicidade que foi sentida. E todo o resto do tempo e o para sempre, pareciam pouco p\ eu te ter.
Felicidade, amor, confiança, amizade, eu e você...

domingo, 13 de junho de 2010

O que tiver de ser...

Tentei pensar, tentei escrever, tentei te dizer só não sei o que...
Muito mais que um simples te adoro, e talvez não tanto quanto um te amo. As palavras embaralhadas na minha garganta teimam em não formar frases entendíveis. E eu fico aqui, tentando associar aquelas duas pessoas que se conheceram a uns tempos atrás, a esses dois seres complicados que se tornaram hoje. Bem vinda evolução, de pensamentos de pudores, de pessoas. Nós evoluímos, separados e agora estamos juntos, juntos pelas nossas poucas diferenças e muitas igualdades. Voltamos agora muito mais íntimos do que antes, muito mais amigos do que antes, muito mais do que antes. E essa evolução que ainda continua nos perseguindo, e nos pregando peças e surpresas. Evoluamos, porém juntos, e sempre sendo o que tiver de ser...

Jheu Fonseca

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Palavras que tem força, palavras que expressão, palavras que prendem e que libertam. Machucam ou acolhem, acarinham ou entristecem.
Vários significados, e varias intenções, varias ações e reações. Palavras podem ser pequenas, e podem fazer o maior estrago. Palavras endurecem e machucam, mesmo sem intenção, machucam...e machucaram. =\

segunda-feira, 17 de maio de 2010

São nessas horas que nós pensamos se vale à pena, se valeu à pena, e se tem valido a pena, tantos pudores e limites, que limitam e cortam as asas impossibilitando cada voou acima das nuvens. Uma parte se liberta e a outra a prende com correntes que são mais fortes do que toda a força do mundo, correntes que machucam e marcam limitando todos os sonhos, pensamentos e vontades.

Jheu Fonseca

domingo, 9 de maio de 2010


O destino não quer me ver como raiz, de uma flor de lótus, ou de lis. Sopra o vento forte, para que as raízes que eu criei se desfaçam e eu possa dançar junto ao seu sopro, como pétalas soltas ao ar bailando e trazendo beleza aos que vêem. Teria eu muitas alegrias e tristezas p\ trazer a outros ainda¿ não poderia me prender a algum lugar, criar minhas raízes ate que elas apodrecessem e se debandassem para junto da planta vizinha¿
A flor que aqui vos vêem, quer embelezar a uma floresta só, só um lago, só um corpo, só um, um só.

Jheu Fonseca

sábado, 8 de maio de 2010

Mais eu me mordo de ciúmes...¬¬

O ciúme traça minhas veias junto ao sangue, correndo por todo o meu corpo, e esse não era o meu desejo. Faço-me de forte e finjo que não ligo mais ele ainda corrói cada tegumento quem em pertence.
Não me entrego não me deixo entregar, não me abro, e me aflijo, sentindo essa raiva por não conseguir saber o que sinto afinal como eu saberia¿ os meus sentimentos aprenderam a ser confusos com a melhor das professoras, eu. E em meio a tantas dúvidas e conflitos, o ciúme ainda me ataca como uma estaca de gelo no coração, congelando cada gota de sangue que escorrega ate a ponta da minha ilusão.
A solidão me fez assim, ciumenta. Tenho ciúmes dos poucos que me restaram, e tento mais e mais trazê-los para perto de mim, para aquecerem meu corpo gelado como um bando de cobertores de lã quentinhos que estão sempre na estante quando eu preciso.
E tudo isso que sinto, ainda é culpa da barreira de gelo que criei p\ me defender, e hoje é a que mais me machuca. Não sei se a pessoa capaz de derretê-la está ao meu lado ou longe de mim, se seria um dos donos dos meus vários ciúmes, ou se seria uma pessoa que nem penso ainda em conhecer. Então peço encarecidamente, que meu cavaleiro com a arma de fogo, venha me derreta me faça sentir a vida de novo, me faça sentir um ciúme agradável e com fundamentos. Porque a minha procura já se encerrou, agora o que me resta é esperar que ele me encontre, e que eu consiga segurar o encantamento momentâneo por mais tempo que o esperado.

Jheu Fonseca

sábado, 24 de abril de 2010

Ser não-autotrófico...


Em frente ao mar, atrás de um rio, em baixo da lua, dentro do meu corpo e presa ao chão. Presa, sem poder fugir da chuva que molha minha pele simulando as lágrimas que sentem preguiça de saltar em queda livre até a maçã do meu rosto. A grama verde pinica meus pés descalços, e o meu desejo era que as pequeninas folhas pudessem se mexer para fazer cócegas, e quem sabe forçar uma gargalhada a sair desse meu corpo preso.
E dentro desse quadro descrito anteriormente vejo certa melancolia e solidão. Carência talvez, aparentemente carência, carência com certeza.
Uma palavra inerente a todos os seres, inclusive eu. Queria muito ser auto-suficiente, mas não sou. Que inveja eu tenho das plantas, verdes autotróficas e fotossintéticas, não precisam de ninguém p\ cuidar delas, ou dar carinho. Mas essa será sempre a minha sina ser esse monte de células, não evoluído e dependente de meus semelhantes.

Jheu Fonseca

Ponto final

Nós somos como fogo e pólvora, quando se beijam se consomem.
A forma mais concisa do amor, irremediável e impactante.
Quando quer não dar rodeios nem ao menos disfarça, vê, seduz, consome de uma forma tão excitante, envolvendo em uma teia de declarações sussurradas e mentiras verdadeiras. Baseado na irrealidade dos sonhos, que é o único lugar onde pode descansar em paz, ou fantasiar seus desejos mais sujos.
Amor sem pudor, ou moralidade, simplesmente amor representado por dois animais sem escrúpulos, e cheio de banalidades inegáveis.
Após se encontrarem o fogo e a pólvora formam a faísca, a explosão e fumaça em um décimo de segundo, porém todos que presenciam a cena sentem o prazer representado por essa paixão. Muitas vezes não compreendida, mas mesmo assim amada pela sua incompreensão. A fumaça continua riscando o céu mesmo depois da sua antecedente e rápida explosão, como uma prova do amor acontecido. A explosão se agarrou a todos, e ainda hoje cada parte desse grande amor continua trazendo muitas lágrimas, para os infelizes e curiosos que presenciaram o acontecido.

Jheu Fonseca


PS: na maioria das vezes colocar um ponto final nas historias é a melhor coisa a se fazer.

Sinto SAUDADE...


Assumo, estou com saudade delas. Das bagunças, das noites mal dormidas, das festas mal planejadas, dos momentos que passamos juntas, da bipolaridade de quase todas, das caras de desprezo de algumas, das lagrimas e sorrisos de todas.
A vida sem vocês não é a mesma, ás vezes nos meus momentos de alegrias e tristezas imagino que estão toda estão ao meu redor, me abraçando ou gritando comigo, fazendo eu me sentir em casa de novo. Todo mundo sempre me falava que um dia a gente ia se separar, e cada uma ia seguir a sua vida, mais eu ainda não superei a ida de vocês p\ longe ou p\ perto, estou sem vocês do mesmo jeito.
Cada uma continuando a sua vida, longe uma da outra, e eu fico aqui no lugar de onde tudo começou acompanhando vocês como se as suas vidas fossem uma novela imperdível, ou uma revista por assinatura, que eu espero alvoroçadamente cada exemplar.
Me sinto sozinha sim, não achei ninguém capaz de reparar esse buraco que vocês deixaram, e guardo as minhas lagrimas e alguns sorrisos, para dar-lhes quando vocês retornarem, como um presente de boas vindas,e um convite para não me deixarem mais.
Jheu Fonseca

terça-feira, 13 de abril de 2010

De volta à ativa...

Depois de uma temporada difícil, regada a textos tristes, revoltados e depressivos, a verdadeira Jheu Fonseca está de volta.
Com mais alguns defeitos travestidos de qualidades, um pouco mais decidida, com sorrisos maiores ainda, e mais várias coisas que estão incluídas no pacote.
Muito tempo sem postar nada descente nesse blog, então decidir fazer esse texto, só p\ dividir algumas alegrias com vocês, queridos leitores.
1- Para quem não sabe eu faço parte de um grupo de forró pé de serra o Cabrueira, que é a verdadeira paixão da minha vida, sou movida a forró. E justamente hoje, o nosso grupo está de volta, to muito feliz com isso.
2- Durante esse meio tempo, tomei decisões importantes, sobre o meu futuro, e consegui decifrar sentimentos que me confundiam de tal forma, que não sei nem explicar.
3- To com a alto-estima mais alta do que nunca. To me sentindo bonita de novo, feliz, e apaixonante.
4- Hoje é dia internacional do beijo. (não preciso dizer mais nada)...
E como um amigo meu me disse várias vezes, a tristeza é como um doce, viciante, você tem que experimentar curtir e jogar fora. Eu sou expert em viciar nas coisas, mas acho que a tristeza não combina com meus vícios contraditórios, então to livre dessa...\o/
Jheu Fonseca

segunda-feira, 22 de março de 2010

Felicidade X Infelicidade

O mundo conspira a infelicidade alheia, qualquer manifestação de gesto felicitado é visto como uma grande ameaça a tristeza coletiva mundada.
Não queria que tudo fosse assim, poderíamos fazer uma negociação, lágrimas em trocas de sorrisos cronometrados a toda hora. Assim quem sabe aliviaria toda essa tristeza acumulada de geração em geração, baseadas em vontades reprimidas e suspiros calados.
A morte em troca de uma vida, lágrimas em troca de sorrisos, tapas em troca de carinhos, tem certeza que tem que ser assim¿ a negociação bem que podia ser mais favorável para o nosso lado, um pouco de felicidade momentânea ou duradoura não machuca ninguém. Prometo que guardo segredo, a felicidade será atirada em todos, e ninguém ira se questionar porque aquilo estaria acontecendo. Vamos negociar, quem sabe não se contagia com a alegria dos sorrisos alheios¿ as lágrimas poderiam ser de felicidade, as mortes de velhice, e os tapas...não sei, tem gente que gosta né.
O futuro do mundo depende dessa negociação, posso não ser tão boa defensora dessa causa, mas te peço com toda a minha vontade, que reconsidere. Podemos ser todos felizes juntos, um dia quem sabe...

Jheu Fonseca

Robôs sociais

Quando nascemos à sociedade já era existente, e todas as suas leis e regras também. Então o nosso dever ao nos tornarmos mais responsáveis é nos adequar a esse modelo social a que nos foi imposto. A sociedade funciona como um poder maior, que condiciona controla e organiza todas as ações, as limitando com uma ameaça de punição.
Toda essa introdução ao tema “Sociedade” e o “Ser” me leva a uma série de dúvidas, baseadas nas minhas vontades. O que seria o certo¿ uma ação que é certa para mim, pode não ser certa para a sociedade, e vice-versa. Então o que devemos fazer¿ agir como robôs, não desapontando a família, que é a maior base da sociedade¿ ou cada um fazer o seu próprio código de conduta¿
Semana passada pela primeira vez eu tive uma aula de Filosofia e Ética, e ao professor citar alguns temas polêmicos como esse, alguns alunos da sala se revoltaram, e disseram que esses assuntos não são discutíveis. Porque não são discutíveis¿ Porque a sociedade impôs isso, se não discutimos, não vamos fazer perguntas, se não fizermos perguntas não vamos querer respostas e por aí vai. Vou usar um termo meio chulo que o professou usou, “a sociedade coloca todos nós como jegues com viseiras que só olham p\ frente e não questionam nada”.
Todos nós temos direito de saber mais, questionar, querer desapontar a sociedade e entre várias coisas. Nem sempre o que a família e a sociedade impõem para nós, é o melhor. Eu quero ter o direito de tomar minhas próprias decisões, só temo que quando tiver coragem para afrontar e tentar fazer o que eu quero, seja tarde de mais.

Jheu Fonseca

quarta-feira, 17 de março de 2010

Espetáculo personificado...

Sem saber o que ser, fazer, comer com quem andar, e qual jeito de falar, que tipo de roupa vestir, e o que escrever e decidir entre tantos livros o que ler...
E em meio a tantas indecisões, me sinto sozinha misturada na multidão, como se ninguém visse minhas lágrimas minhas tristezas. Um espetáculo chamado EU, que todos vivenciam e assistem, aplaudem dão risada, mais não compreendem a verdadeira mensagem, e transição entre os personagens.
Mas quando estou sozinha me perdendo em pensamentos, não preciso usar minha máscara e nem vestir personagens, sou só eu comigo mesma. E nesse momento me sinto um brinquedo solitário que foi esquecido empoeirado no final da estante, esperando a aparição de alguém para poder recomeçar o fingimento, e fingir de tal forma que aquilo um dia possa se tornar realidade.

Jheu Fonseca

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Armadura de gelo...

Depois de sofrer, chorar, e calejar esse meu pobre coração. Uma armadura de puro chumbo foi criada especialmente para ele, uma barreira para proteger, e evitar qualquer sofrimento futuro.
A barreira que está impedindo a aproximação de meus semelhantes, a barreira que está ao invés de aquecendo, gelando o órgão vital, gelando de tal forma que o força a bater devagar quase parando, sem emoções, sem surpresas ou qualquer coisa parecida.
E essa barreira que emana todas as ações friamente calculadas, começou a mudar todas as concepções, e mudar a direção dos meus olhos. Hoje olho para as pessoas e enxergo os defeitos. E esse tipo de visão, está me fazendo o ser mais imperfeito de todos.
E hoje luto contra ela, a barreira. Sofrer faz parte da vida, e me fez crescer como pessoa. Já sofri o bastante, e se for para sofrer mais me doou como um sacrifício doado aos deuses. Em troca de um ser perfeito capaz de quebrar a barreira, e me surpreender novamente.

Jheu Fonseca