quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Para brisa...

De dentro do carro vejo lágrimas,
Caídas do céu, se arrastam pelo para brisa
Assim como essas que cobrem meu rosto
Se libertando dessa prisão de cílios
E se juntando as que sempre foram livres.
Em quanto as vejo se jogarem em queda livre,
Sinto inveja...
Essa liberdade que nunca foi minha agora é delas.
Queria me fazer de lágrimas
           me fazer de chuva
           desenhar seu rosto
           ou simplismente escorregar pelo para brisa...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Amor...

Não sei como e nem quando aconteceu
Só sei que foi assim
Amizade, amor, proteção, segurança
Palavras que hoje andam de mãos dadas
E seguras por nós dois
Eu sei que é muito clichê dizer,
Mas eu quero passar o resto da minha vida assim
Eu juntinho de você e você juntinho de mim...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Foi assim...

Como um sopro de vida
Um frio na barriga
Um suspiro de saudade
Encaixou-se no meu espaço
E fez cheia o que era minguante
Mostrou-se a parte perdida
E passou a completar meus dias
Sendo a noite que eu via de longe
Nos fizemos de estrelas e de luas
Vezes cadentes, vezes crescentes
Mas sempre brilhantes
Como um ciclo de sóis e de luas
Juntos...
Mesmo que perto
Mesmo que longe

domingo, 31 de julho de 2011

Evolução...

A evolução chegou até mim
Meus sentimentos atravessam fronteiras
Meus ideais detonam barreiras
Minhas vontades aprenderam falar em sinais
A música tem me guiado
Deixando as palavras de lado
Mostrando que posso falar com melodia
Escrever com semibreves em mínimas dentro de colcheias
Exagerar com sustenidos e me diminuir em bemóis
Passar de tom em tom superando escalas
Causar acidentes e os anular com bequadros
Viajar sem fronteiras falando todas as línguas
Em uma só linha, da expressão...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Repouso...

Preciso de um lugar para repousar
Onde eu tenha o vento cantando aos meus ouvidos
O verde colorindo meus olhos
Amigos que surjam da estrada livre
Assustando os animais com o barulho do motor
E sorrindo ao meu encontro,
Crianças que brotem das fotografias em velotrois
Uma surpresa no forno para o jantar
Com uma esposa nos traços da minha mão
Completando meus desenhos e bordando em meu corpo
Contando historias ao nosso adormecer
Preciso de um repouso, em algum lugar

sábado, 18 de junho de 2011

Velhice...

Vejo minhas memórias sendo escritas em meu corpo
Sinto as palavras formando minhas curvas
Seus acentos tomando minhas rugas
Me vestindo com uma palavreada pele
Escuto os estalos da alma se abrindo
Adaptando novas cenas nessa biografia elástica
Proteção de epiderme, contenção de derme
Tanto pouco falha e sempre incompleta
Já me enxergo turva e mal adaptada
Como as folhas de outono caídas no chão
Arrastadas pelo vento sempre p\ mais distante
Temendo ver seus escritos despedaçados
Corpo seco, caindo de pedaço em pedaço
Junto com as folhas e palavras carregadas pela minha velhice
Coberta de historias, palavras e passageiros

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Forró s2

Vai ter que fazer a delicadeza de me desculpar
Mas o meu forró não adianta nem você tentar
Esse eu não dou, não vendo, não troco, não tá pra alugar
Meu forró é meu rebento, feito de contratempo
É meu mais rico alimento,
Fundamental pro meu sustento e eu não pretendo largar
Vai ter de fazer a delicadeza de me desculpar
Mas o meu forró não adianta nem você tentar
Esse eu não dou, não vendo, não troco, não tá pra alugar
Meu forró é meu rebento, feito no contrabando do tempo
É meu mais rico alimento,
Fundamental pro meu sustento e eu não pretendo largar
Só vendo mesmo
Se eu não tiver mais ao que apelar e aí vai oco, vai sem sentimento
Que esse elemento eu não consigo separar
Pra ser sincero é preciso que o peito saiba forrozear
Que nele bata um coração que saiba levar
Mas esse eu não vendo, querendo vai ter que roubar

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Tempo...

Talvez ainda não tenha me esclarecido nesse aspecto
De que por horas me preocupo com tudo
Por dias me preocupo com nada
Por horas e por dias o nada me escorre pela boca
E os desenhos dos beijos formam teu nome com facilidade
Por vezes me escondo debaixo de palavras
Essas que me cobrem e aquecem
Por minutos te deixo me aquecer
Por hora tenho me permitido
Por dias tenho me esquecido
Me fazendo maleável novamente
Entrando em um mundo novo
Onde tenho o nada e o tudo
Então me esclareço
De que por hora não estou mais deserto

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Rebento...

Nesse caminho de redenção diária
Já murchei flores
Conquistei amores
Desfiz jardins
Compensando farpas com gestos
Seguindo nesse rebento
Faço do teu colo meu santuário
Me desfazendo em ti com o cair da noite
Raiando o dia e me forçando
A abrir os olhos ainda embaçados
Vejo em ti meu redentor
Apontando novos caminhos
Onde posso renascer flores
Florescer amores
Finalmente, crescer em mim

quinta-feira, 2 de junho de 2011

As vezes um clichê...

Esses clichês que sempre nos atravessam
Mais uma vez apareceu
Quebrando todas as regras
Provando que os clichês nem sempre são iguais
Gestos são as provas
Tenho a proteção desse abraço
O carinho desse beijo
E o poder de cura dessas palavras.
Nem todos os clichês são iguais
Tenho tido paz em mim
Sem brigas entre a razão e a emoção
Todos estão de um lado só
Onde eu espero estar,
Com você
Nesse infinito de tempo
Que tem sido nosso...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Filhas...

Tenho as sentido mais perto do que nunca
Sinto cada rastejo delas em minha direção
O que causa espanto é meu controle momentâneo
As mantendo longe, mesmo continuando perto
Não sei até quando meu controle durará
Mas enquanto as rédeas estão firmes continuo cavalgando
Domando meus cavalos ariscos
Minhas filhas, as quais chamo de crises
Domadas e educadas a cada dia
Aprendendo com elas e outros como viver em paz

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Enfermidades...

Fragilidade que me acompanha
Me sinto frágil e pequena mais uma vez
De tão pequena me perco
Entre seu colo e carinhos
Me faço de palitos
Como uma boneca de fácil manejo
Quebrável e maleável
Pequena frágil
Boneca enferma
Enfermidade cercada de fragilidades
Fragilidade cercada de dramas
Eu, cercada de atenções

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Fim...

Mais uma vez o fim bateu a minha porta
Esse fim que sempre começa com lagrimas
Dessa vez veio vestido diferente
Mais uma vez o fim bateu a minha porta
Com cachinhos, sorrisos, e carinhos
Dizendo as palavras que não queriam se soltar da minha boca
Fim que continua
Fim que começa
Fim que termina
Sempre vai e volta
Mas dessa vez ele só veio, e resolveu ficar
Enxugou minhas lágrimas
Me disse que ia continuar
Agora o fim me acompanha,
Mais uma vez o fim bateu a minha porta
E dessa vez, eu pedi p\ ele entrar...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Olhos castanhos...

Em seus olhos uma vez eu enxerguei
Essa mistura de ódio e sofrimento
Se agarrando aos meus antigos meigos olhos castanhos
Esses olhos que ja brilharam a minha chegada
E já choraram a minha partida
Por hora ou por dias eu temo velos outra vez
Tão lindos esses castanhos
Não devem ser manchados novamente
Sinto toda essa dor que causei
Me afasto e me machuco
Com toda essa responsabilidade
Refletida nos olhos que cativei
Deixemos que o tempo diga
Se ainda verei nossos olhares juntos outra vez

terça-feira, 10 de maio de 2011

O vento...

Mesmo que não sejamos nada
Ainda seremos tudo
Tudo que fomos somos e seremos
Antes era sustento
Agora apoio
Nessa tentativa complexa e finita de convivência
Conviver com amor, dor, amizade
Conviver com você
Jeito de ter perto,
Mesmo sem ter sempre
Ainda é bom ter...

“O vento vai dizendo o que virá”

domingo, 8 de maio de 2011

Feliz dia das mães!

Queria ter o poder de não te preocupar
Poder te fazer esquecer as dores
Te colocar no colo e te contar uma historia
Onde haveria um final feliz
Às vezes é essa vontade que dá
Trocar de lugar
Só p\ poder cuidar e proteger
Mas ainda posso te contar uma historia
Essa que estamos escrevendo
Como todas as outras
Às vezes a caneta falha, e borra
Mas sempre damos a volta por cima
E pode ter certeza
Que a corda que nos puxa
É você
Até hoje me pergunto como
Você nos equilibra, cuida, ama
E ainda tem todo esse medo
Da nossa historia não ser feliz
Mas como sou eu estou te contando essa historia
Eu digo:
Você nos deu as melhores coisas do mundo
A base é firme
Não tem como o topo desmoronar
E seguindo nossa historia
Ainda escrevemos
A espera do dia,
Que vamos devolver tudo que nos deu
Amor, cuidado, carinho, proteção
Na mesma proporção
Queria mesmo era que você enxergasse o nós vemos
Uma mãe linda, alegre, e mais forte do que qualquer outra
Você nos criou p\ o mundo
Mas mesmo nos dando de bandeja
Sempre seremos seus filhos
E você sempre nossa
Maior e melhor MÃE!


Te amo mãeee =D

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A vida continua...

Deveria se tornar mais fácil
Mas cada minuto que passa dói mais
No início eu era mais forte e inabalável
Agora, quando olho p\ trás
Me sinto novamente frágil
Com toda a certeza a distancia é o melhor remédio
E o tempo junto com ela há de me curar
Agora seguindo meu caminho
Encontro abraço em outros braços
Por motivo desconhecido
O mundo ainda continua sendo bom comigo
Foi bom se apaixonar
Mas não quero mais chorar
Ver seu antigo brilho de longe p\ mim já basta
Quero felicidade p\ você
E o que restar p\ mim...

Reavaliação...

Tenho me embaralhado com meus pensamentos ultimamente, masoquismo? não é p\ tanto, mas uma tortura de leve...isso sim.
Tenho medo que o fim demore muito p\ chegar, e também tenho medo de que não demore tanto assim. Saber que uma doença pode te pregar uma peça a qualquer momento não é das melhores sensações. Eu que tanto almejava minha liberdade e independência, tive meu diagnóstico: aprisionada até o fim.
Penso em procurar outros médicos, fazer mais exames, só que ai lá vem à tortura mais uma vez, passar por tudo de novo? criar esperanças? pode findar em mais dor.
Mas com os que me restaram e com os que ainda estão p\ chegar eu sigo. Me apoio sim, em meus amigos, família, e me alimento do que restou dos meus amores. Nem sempre as coisas são como a gente quer, e nem sempre podemos voltar no tempo e escolher não errar...uma hora as moedas acabam. =\

Descompasso...

Dói nos ver sofrer
Coração maldito que teima
Olhar vagabundo que te procura
Sorriso malicioso que ainda queria ser o seu encanto
Dói acompanhar uma evolução de longe
Sofrimento internauta. Conhece?
É, mas assim seguimos
Nessa dança descompassada
Esperando ansiosamente
Agindo desesperadamente
No desejo do dia
Que poderemos descansar
E todo esse sofrer
Terá fim...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sonho...

Queria mesmo ter esse poder,
Em seu sonho eu afirmava:
- Vai curar
Posso te curar meu amigo
Dessa tristeza que teima em nos rondar
De uma ferida ou outra
Mas o maior incomodo de todos
Esse só você pode chutar
Talvez em uma tentativa
Poderíamos polarizar o ritmo
Usando uma só freqüência
A arte!
Ainda acho que essa seja a saída
Mas só saberemos se esse é o caminho certo
No fim...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mentiras sinceras

Procurei tanto a verdade dentro de mim
Que acabei encontrando a pior delas
Tentei me proteger de mim mesma
Mas a vontade de saber era maior
Massacrei minhas mentiras
E elas se abriram
E o abismo que vi dentro delas
Era melhor que tivesse ficado escondido
Eu esperaria esses três anos se passarem p\ sempre
E eles nunca passariam
Mas agora com a dor que sinto
Prefiro parafrasear Cazuza
“Mentiras sinceras me interessam”

Malditos

E agora como vai ser?
Já que o que minha suposição se tornou meu pior pesadelo
Dependente, só pelo resto da minha vida
Mas como diz meu pai
Não há o que temer
É só o resto da minha vida
Quero fugir, gritar, ter um colo p\ chorar
Mas agora até isso me falta
Guardei tanto minhas lágrimas
E as desperdicei hoje de uma vez só
Malditos remédios
Malditos estudos
Maldita arritmia...=\

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Fim

Queria mesmo era me enroscar em tua pele macia
Poder passear em você nessa brincadeira de sermos nós
Ter o tempo em nossas mãos
Controlando tudo enquanto nos descontrolamos
Esquecer que existe essa circunferência de pudores que nos ronda
E sermos esse ponto infinito no meio do mundo
Fazendo infinitos de tempo, de nós, de amores
Queria mesmo era um teto de estrelas
E toda noite seria brincadeira
Nos misturando entre elas
E nos perdendo de outros
Poderiamos ser nós, enquanto somos eu e você
Nos levando nesse balanço de rede
Seguindo na medida do tempo
Ao encontro do destino
De mãos dadas, seguiríamos
Queria mesmo que houvesse final feliz
Mesmo que distantes
Mesmo que mentira
Mesmo verdade
Haveria esse tão desejado fim.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

...

Com o tempo tudo de ajeita
As feridas cicatrizam
Os sorrisos voltam a aparecer
E os amores brotam novamente
Tudo se ajeita
Como sempre acontece
Não há o que temer
Tudo é passageiro
Pode ser por longa data
Mas passa
E tudo volta ao seu lugar

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Declaro minha morte I

O melhor jeito de me desapegar
É me desapegando de mim
Entrego esse corpo que nada é
Essa alma já vendida no meu nascimento
Esses ideais que apodreceram em minha mente
E esse coração que se entregou ao amor
E por mais que eu lute não consigo tê-lo de volta
A tí morte, me entrego de uma vez por todas
Porque a dor de te ver me levando em pedaços
É maior do que a dor de me desapegar por inteiro
E me entregar em tuas mãos...

II

Assim declaro minha morte
Fraca como sou, desisti de primeiro instante
Mas p/ mim não adianta mais viver
A familia que tanto prezo não me respeita
Meus amigos se foram
Esse grande amor que tenho
Precisa de provas a todo momento
E tolos como todos são, não percebem
Só quero paz ao seu lado
Só quero paz ao seu lado
Só quero paz
É a maneira  que acho de ter tudo que quero
É me deixando levar
Leve-me daqui
Leve-me p/ onde não precisem de provas respeito ou confiança
Leve-me p/ onde só o que tenho basta

III

Não lutarei mais
Me entrego a verdadeira putrefação
Façam o que quiserem
Mas eu não farei mais nada
Nada mais importa,
Minha morte foi declarada
Esquecerei tudo e todos
É o melhor a se fazer
Porque de braços dados com a morte
Não sofrerei mais

segunda-feira, 4 de abril de 2011

CIÚMES

Pontadas, facadas, ou golpes
Ciúmes
Machuca os fracos e os fortes
Ciúmes
Pode vir de qualquer alguém
Ciúmes
Feliz de quem não tem
Ciúmes
...

terça-feira, 22 de março de 2011

Dor...

Sinto a dor da perda
Amigos que nem eram
Mas machucam como se fossem

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ritmo da noite...

Nesse ritmo de noite infinita seguimos
Na brincadeira de flertes
Passando de tom em tom
Traçando uma linha confusa
Onde só as notas conseguem se estabilizar
Esperando a maior lua seguimos
Pulando as notas
Subindo os tons
Traçando nosso ritmo
Em pelo na noite escura
Vestidos com a peregrina luz na noite
Nos acostumamos assim
Mal acostumados
E juntos...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Meu bem x Meu mal

Pondo um fim nessa barganha
Nessa troca de esperanças
De palavras mal ditas
Maldita barganha
Mal dito amor
Mal dito seja
Maldito
Como sempre foi
Dito, aproveitado e esperado
Amado
Pondo o mal no inicio
Viramos mal amados
Tentando por um bem no fim
Nessa barganha continua e finita
De meu zem
Meu bem
Meu mal

Perdido doce

O azedo doce da escolha
Deixa rastros no meu prato principal
Enojando meus sentidos
E jogando a minha fome na rua
Fome essa que ataca outros coitados
Que sem perceber se entregam
A fome do azedo
Ao azedo das escolhas
E as escolhas dos coitados
Perco meu doce
Perco minha fome
Perco meus coitados
E meu corpo ainda insistindo
Se alimenta dos quilos
Que por pouco tempo
Ainda sobram...

sábado, 5 de março de 2011

Bagunça...

Seu sorriso ainda me encanta
como o primeiro trocado
mesmo não sendo meu
ainda é seu
sorriso feliz que guardo
lembranças felizes que trago
nossas, que ainda são
sempre tendo o seu lugar
aqui comigo,
guardadas em minha bagunça
deixada por você...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

...

Talvez ainda tenha aquele gosto doce
A voz suave
A pele macia
Talvez ainda haja nós
Como havia
E como haveria de ser
Talvez tenhamos um futuro
Ou um presente constante
Para sermos nós
Sermos sós
Isolados e debruçados
Com carinhos e cobertas
Revivendo novas historias
Presas a um passado
Refletido no futuro
Talvez...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

20.02.2011 - Roma

"A saudade grita
os doces cantos
das lembranças"

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Happy vallentines day!

Ainda me fazendo perder
O sono sem perceber
Se perde,
Aninhados
Nos prendemos nos nossos abraços
Nos nossos carinhos e amores
Que doamos
Sem nenhum apego.
Quero me perder
Nesse desapego que é você
Perdendo cada vez mais
Tudo que foi dado
Nessas noites perdidas como nós
Nos perdendo dos outros
E nos prendendo
Entrelaçados cada vez mais
Ganhando um e outro

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Psyché abandonnée


Minha favorita ^^

Pintores e Pinturas

François Boucher
- L´ Entevement d´Europe

Edme Bouchardon

Joseph Marie Vien
- Pompeo Batoni
- La Manchande à la toilette dit aussi

Gaetano Gandolfi
- La Rencontre d´Ulysse et de circé la magicienne

Pierse Peyron

Jacques Louis David
- Belisaire
- Psyché abandonnée

Joseph Benoêt Suvie
- Dibutade

Hugh Douglaas Hamilton
- Amour et Psyché sous la charmille myptiale

Leonardo Da Vinci
- Sait Jean Baptiste
- La Vibrage aux rochers
- Portrait de femme dite La belle Ferronniere

Bernardino Luini

Giulio Romano

Michelangelo Meriri

Domenico Fetti

Guido Reni

Domenico Zampieri
- Renaud et Amide

Notas do Louvre

14:00 - Enquanto observo as pinturas meus sentidos se lançam, deixando minha atenciosa visão debandeada. Eu as ouço, sinto, deglutindo essa salada sinestésica proporcionada pela arte.

15:35 - Caminhando pelo louvre a ansia me toma conta, espero trocar olhares enquanto aprecio seu meio sorriso. A famosa Mona Lisa me aguarda no próximo andar.

15:58 - Aqui na Europa a cultura grita na sua cara. Em um museu desse porte, me vejo cercada por crianças de todas as idades, atentas ao que a professora explica. Crianças que diferente de mim quando chegarem aos 19 anos não se perguntarão por que nunca ouviram falar de Joseph Marie Vien.

16:27 - Separada por uma multidão e cinco metros de vazio, ela me seguia com seus olhos negros. Assustadoramente bela, trocando olhares e sorrisos com seus pertubadores visitantes. E em meio a cameras e flashs eu tentava guardar em minha memória os detalhes perfeccionistas de la belle Joconde.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Inverno...

Então de tanto falar
Me descuidei
A brecha foi dada
E ele tentando se instalar
Incomoda
De tanto falar
A porta se abriu
E o vento que entra esfria
Minha morada inverna
E o meu hibernar se torna frio

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tempo...Tempo...Tempo...

Em uma conversa com o tempo
Ele me confessou que não existe
Que era tudo fruto da minha imaginação
E então eu perguntei:
- E o visto no relógio, o que seria?
E ele respondeu:
- Um alivio imediato criado pelos homens, para poderem controlar a si mesmos...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

=\

O que faria sentido
Diante de tudo que é sentido
O sentido nos faz sentir
Sentindo todos eles
Sentidos sentimentos
Diante deles
São quase nada
Apenas sentimentos sentidos
Como nós, sentimos
Os sentidos aguçados
Como sentimentos escamados
Desnudando-se a cada sentir
Pessoas, sentimentos e sentidos...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Vias...

Nas vias do Algarve as coisas passavam
E eu sumia na estrada
Entre elas amendoeiras e putas
As três se misturavam
Eu me perdia
Nas estradas como tapete
Amendoeiras imitavam a neve
Com suas flores brancas
E putas bem vestidas a beira da estrada
Diferentes das tropicais
Ou talvez fossem elas mesmas
Metidas em roupas de frio.
Eu ainda desaparecia aos poucos
Como a estrada macia
As amendoeiras de neve
E as putas de inverno
Tudo passava e se perdia
Como eu que passo
Sem saber o meu lugar

Jhessica Fonseca
Ygor Schimidel

...

Palavras, imagens, momentos
Saudades
Exercícios da memória

O novo...

O mundo visto fora da minha janela
Enche meus olhos,
E me preenche
Vejo que já sei andar com minhas pernas
E que não tenho raízes
Vejo que não tenho nada
Além daquilo que carrego
O que preenche o oco
Meus tijolos
Montados a cada dia
A cada experiência vivida
A cada semente plantada
E colhida.

"Inicio da viajem pela Europa" \o/

domingo, 16 de janeiro de 2011

Dores e exageros

Enquanto tento dormir
Escuto os resmungos do meu pai
Que mais uma vez exagerou
E agora reclama da ressaca,
Já não satisfeito meu corpo ajuda
E responde resmungando
Sinto essas dores no estômago
Meu desequilíbrio me atinge
E meu organismo responde
Os familiares se aproximam
Tentando quietar os resmungos
Dopando a mim, a meu pai, e ao desequilíbrio
Desequilibrando mais ainda
Todo esse circo formado
Por dores, e exageros...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Acalanto

Sinto o fim se aproximando
E me apego cada vez mais
A cada ponta de carinho que me é servida
A cada ser que me possibilita
Me apego a essa liberdade e a esse apego
Que já vejo se distanciar
Como uma fresta de luz
Que acompanho e admiro de longe
E sempre querendo mais, eu sigo
Seguindo as frestas e as pontas
De carinho de luz
Desse ser suavemente rígido
Que me acarinha e acalenta os meus e as minhas
Chegadas e despedidas
Que podiam não ter fim
Como um eterno acalanto...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Faíscas...

Seus pelos cor de cobre me atiçam
Riscando meu corpo como faíscas
Que se alimentam desse atrito,
Cobrindo minhas curvas
Com uma sinuosidade harmônica.
Contagiante vibração musical
Que se espalha
E queima, queima e vibra
Se tornando uma maliciosa chama
Que é capaz de possuir
E queimar, o que ela tocar...

Energia...

Queria mesmo era poder me entregar
Sempre que a vontade me batesse à porta
Como um presente de fácil desembrulho.
Poder te ter perto, tão perto
Até nos confundirmos
Nessa salada de peles e pelos
Que sentem e convertem,
Repassando toda energia gerada
Nesse pequeno espaço restante
Dentro de nós...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

...

Quem acostumado está
Tente a ficar,
Costume de contato
De calor
Costume, só costume
Deve passar
Tende a passar.
Tudo passa
Ate o contato
Ate o costume
Até o calor, no inverno
Mania de veraneio
Costume de abraço
Tendência de carinho,
Para!
Que o inverno vai chegar
E com o frio tende a ficar,
E o contato, vai ser de longe
E quando eu voltar...
Será?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cordão internauta...

Depois de me ter carregado
De ter dividido comigo parte de si
La estava ela, avisando que ainda está comigo
Os meus escritos tomavam a tela do seu computador
E eram meus, eram dela, eu sou dela.
Sustos e orgulhos me tomaram conta
Enquanto ela tentava me reconhecer em partes
Partes de mim, partes dela
Escrita em páginas de um blog
Simbolicamente me seguindo.
Ligadas por um cordão
Antes umbilical,
Agora internauta...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mais perto que longe...

Longe era
Perto agora
Vem p\ perto
Para longe levar
Levar-me p\ longe.
Longe de mim
Perto de outros
Desconhecidos, outros
Distantes
Que por um tempo
Perto estarão...