quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dilacerador de corações...

A cena que acabei de presenciar, era uma das que preferia não ter visto. Estava aqui em meu quarto, quanto ouvi gritos de humanos, misturados e confundidos ao de animais, e ao meu lado, sem eu mesma perceber seguiam-me meu irmão que já chorava desesperadamente e meu cachorro que soltava uivos calorosos, como os de um aviso. Essa cena triste e que provocava raiva a todos que viam, me lembrou outra parecida, só que nessa anterior, perdi um dos maiores companheiros e amores da minha vida.
Eu sei que essa descrição que fiz parece ser de uma morte de um humano ou de coisa pior, mais a cena que vi foi a de um pitbull dilacerando outro cachorro indefeso, como um leão faminto comendo um pedaço suculento de carne. E a segunda cena que eu recordei, foi à perda do meu querido cachorro, que como esse, foi vítima de um pitbull. A única diferença é que antes de chegar ao leito de morte, meu querido cachorro sofreu uma noite inteira em meus braços, chorando e desaguando em sangue. E a meia noite enquanto eu dormia, ele foi sacrificado para acabar com o sofrimento dele, e por inicio no meu.


Jheu Fonseca

Impontualidade...

Impontualidade, falta de compromisso, e todos os defeitos relacionados à hora marcada, seriam defeitos de fábrica, ou foram defeitos criados com o tempo?
Seria falta de caráter? forças do destino? a própria cultura?
A essas respostas não sei responder, se soubesse talvez desse mal fosse capaz de me livrar, pois sou uma digna escrava desse defeito malicioso.
Porém se olhar por outro lado, todos os compromissos marcados com antecedência, não são de bom agrado, pelo menos para mim. O inesperado o repentino, as surpresas do destino, ahh essas sim são muito agradáveis, quando de bom tom, mas até quando não, trazem um ar de rebeldia a nossa vida.
Seria essa a fiel rival da pontualidade? a rebeldia?
Pois se essa explicação for plausível, está ai a razão para a minha falta de compromisso.
A rebeldia minha doce aliada de estrada, mas também a causa de desapontamento, e desconfiança daqueles que não me entendem. Porém, a estes eu tenho uma mensagem, se não me entendem e não podem se aliar a mim, me vença, ou melhor me convença que a vida com hora marcada é o melhor caminho a seguir.


Jheu Fonseca

domingo, 25 de outubro de 2009

Banho de água fria...

Em meio a tanto alvoroço e felicidade, eis que surge ele: O banho de água fria. Surge para acabar com qualquer tipo de emoção felicitada, ou de esperança explicita.
Vem seguindo as melhores idéias e planos, esperando a melhor hora para dar o “bote”, da forma mais brutal e sucinta, ou pior, da forma mais gelada possível.
Vem logo após um frio na barriga, como um corroborar assiduido e impreterível.
E depois se vai, deixando uma infelicidade irônica em sua vítima.

Jheu Fonseca

A felicidade...

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor


Vinicius de Moraes

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Desejo...



Desejo – vontade. Esse é o significado de desejo no dicionário. Mas um desejo é mais contundente que uma simples vontade.
O desejo é a tensão que leva a satisfação, o desejo é a característica de um ser imperfeito, o desejo vai muito além de qualquer explicação com meras palavras, para entendê-lo é preciso senti-lo.
O desejo é o que move o mundo, todos nós trabalhamos, estudamos, fazemos qualquer coisa em desejo de algo. Platão considera o desejo a emoção de imperfeitos, porque se você deseja, é porque quer, e se não tem, não é perfeito. E eu me considero uma perfeita imperfeita. Sou cheia de desejos sejam carnais, fisiológicos, psicológicos entre outros, o desejo é a melhor filosofia de vida que existe, pois sem ele não haveria razão para continuar.

É pior um desejo reprimido do que um desejo realizado. Seja ele errado ou não...

Jheu Fonseca

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O dom da oratória...

Hoje na aula de parasitologia, aconteceu a primeira apresentação de uma série de seminários que acontecerão ao longo do mês.
E uma coisa me chamou atenção, eu estava na sala enquanto um dos grupos ensaiava a sua apresentação, e em meio ao estresse e nervoso dos alunos seminaristas, me dei conta o quanto nos esforçamos para impressionar o professor e ganhar a tão esperada nota. Muitas vezes o desespero é tanto que parece até ridículo da nossa parte. E então quando à hora da apresentação chega, acontecem algumas cenas que não são vistas todos os dias, algumas pessoas desmaiam de nervoso, ou gaguejam, ou ficam tão nervosos que saem correndo, ou explanam de uma forma ótima e agradável.
Em meio a esses acontecimentos só nos resta pensar uma coisa:
- Feliz daqueles que nascem com o dom da oratória.

Jheu Fonseca

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ao pé da cama...

Jogada ao pé da cama, com as vestes que brotou no mundo
Foi assim que a deixou, e essa foi à imagem que levou
Porém um sorriso germinou em seu rosto, um olhar felicitado.
Teria valido a pena, toda aquela cena que se passara na alcova dos amantes.
Se vista a primeiros olhos, a interpretação não seria bondosa. Mais se olhar com carinho e novamente, verás um quadro de uma verdadeira despedida, com um leve toque de retornarei em breve.
A bela jovem despida, não ousou se mexer nem ao menos lavar-se, para não perder a sensação do corpo do amado no seu, ele voltaria logo e a felicidade estaria completa, então o amor novamente renasceria.
A cena que estaria para acontecer merecia ser descrita.
O toque do sexo irracional, o amor sujo de pecado, porém puro se sentimento. Os corpos harmonizavam-se como uma sinfonia, cuja qual só se distinguiam os uivos calorosos e ofegantes. E então a primeira cena mais uma vez se repetiria, porém desta vez não se importam se está certo ou errado e sim nos prazeres, desejos e amores que viveram.

Jheu Fonseca

A estrada...

Meu coração foi um pêndulo entre ele a rua. Não sei com que forças me livrei dos seus olhos, me safei dos seus braços.
Ele ficou anuviando sua angustia de lágrimas atrás da chuva e do vidro. Então por fim, me virei com os olhos molhados de lágrimas e segui em frente. À minha espera uma nova companheira, a que irá conter minhas angustias, que irá me dar forças para enfrentar os desafios que estão por vir.
A estrada a causa da despedida, a causa da saudade e das lágrimas, mas também é a causa que me da forças para continuar e realizar meus sonhos.


Jheu Fonseca

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Influenciavel...

Primeiro post do meu blog...não quero fazer um texto de boas vindas a mim mesma ou p\ qualquer pessoa que venha ler esses textos um dia. Eu fiz esse blog principalmente e exclusivamente com a intenção de escrever um pouco, que é uma coisa que eu fazia com muita frequencia, e por algum motivo não tenho praticado essa habilidade que eu admiro tanto nas pessoas que realmente sabem passar o que querem através das palavras., eu só tento. Voltando p\ o que eu estava falando, fiz esse blog p\ esvaziar a cabeça, me distrair, tentar por ordem na bagunça que reina em minha mente.

Hoje quando acordei, achei que seria simplesmente um dia normal, mas quando escolhia um programa p\ assistir, em meio a tantos um brilhou mais que os outros, seu nome era " Diarios de motocicleta" , um filme que conta a a historia da viajem de dois jovens, Alberto Granado e Ernesto Guevara, mais conhecido como Che Guevara, mas o que me chamou atenção nesse filme foi:

A primeira vez que assisti estava tão cegamente apaixonada pela pessoa que me indicou, que hoje eu fiquei com uma dúvida pertinente.

- Será que eu sou tão influenciavel ao ponto de gostar de alguma coisa por amor?

E então sem pensar duas vezes, assisti todo o filme mais uma vez. E para a minha surpresa gostei muito mais dessa vez que estou lucida, do que outrora que estava cegamente apaixonada. E então uma felicidade imensa brotou em mim, e a luz. O revolucionismo e a admiração por Ernesto eram meus, e não influenciados por um amor sem fundamentos.

E mais uma vez fiquei feliz por esse amor que se passou em minha vida, deixou raizes que só fizeram crescer, e aprendizados que levarei p\ o resto da minnha vida.





Jheu Fonseca