sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pedaços...

Em quanto sigo caminhando
Pedaços de mim caem na estrada
E me sinto desintegrada e incompleta
Mas sem perceber continuo caminhando
E tentando descobrir o que me falta
Espero que quando eu chegue ao fim
Tenha a idéia de olhar para o chão
E usar os pedaços de mim
Para voltar e me ter de volta...


Jheu Fonseca

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cansei...

Às vezes cansa sorrir e fingir estar tudo bem
Às vezes cansa, engolir as lágrimas e vomitar gargalhadas
Só às vezes também.
Cansa mostrar o contrario e dizer o reverso
Às vezes é bom, não estar ali
Porque sinceramente cansa ficar e vê-los ir
Cansa tentar soltar as minhas rédeas,
As asas doem das marcas das correntes
Que me prendem e me machucam
A pele afunda, criando espaço para elas que me apertam.
Às vezes cansa, fingir ser isso
Um ser humano vil e onipotente
E da vontade de poder ser frágil e chorar ate dormir.

Jheu Fonseca

Neblina de mim...

Olho para o céu ensolarado e ele escurece
Nuvens negras tomam conta de um belo dia
É quando percebo que a neblina sou eu,
Esfumaçando a visão dos que me aproximo
Entontecendo e causando confusão ao que vejam
Roubando mentes e olhares.
Será que sou o que vejo
E o que vêem?

Jheu Fonseca

Páginas no lixo...

Escrevo desesperadamente
Tentando cessar a angustia
As palavras são minhas ouvintes
E nelas descarrego tudo isso que me consome
Como um livro desesperado para ser aberto e desmistificado
Mas o tempo passa, e as páginas que já foram lidas tantas vezes se desgastam, e ressecam e partem.
E o lixo agora é o lar
Lixo de palavras de sentimentos
Lixo de mim e de minha angustia.

Jheu Fonseca

V x M

Meu corpo enfraquecido treme dentro de mim
E sinto tudo fora do lugar,
Como verdades que parecem mentiras
Mentiras que me tiram a paz.
E o conflito dentro de mim se estabelece
Estou lutando comigo mesma
E a luta continua a me destruir
Me enfraquecer e me estremecer...

Jheu Fonseca

Tetris...

O nada me consome
E ele vem cheio
De coisas incertas e desajustadas
Como um tetris mal colocado, que só cresce e toma conta
E quando chega ao topo, vê que nada se é...

Jheu Fonseca

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Deixe em paz os passarinhos...

Desculpe se não fiz,
Se não o mostrei,
Se não disse que te amo todo o tempo.
Mas foi como você me disse há um tempo, “se me ama me ame baixinho, deixa em paz os passarinhos”. Acho que é assim, quando se acalma, ele fica quieto, mas está lá, acarinhado e coberto por nós dois...

Jheu Fonseca

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hidropônica...

E agora sem saber mais por onde caminhar
A solidão prévia me guia
E me sinto cega andando acompanhada por ela
Que me cega me machuca e me abandona.
Sem cor, sem brilho
Eu sigo cega em preto e branco,
Voltando p\ o lado negro da força
Deixando as fraquezas me tomarem conta
Sigo caminhando,
Como raízes hidropônicas seguem flutuando,
Machucada e machucando...

Jheu Fonseca

sábado, 20 de novembro de 2010

Então, não é que tudo tem um lado positivo mesmo¿
Procure, revire, fuce e force que você acha, se você quiser também né. Mas é isso ser otimista ou não ser tão pessimista às vezes é bom...
Ex: o pneu do seu carro furou no meio da estrada no escuro, pow pense ai o céu como não deve ta lindo?
Eu ia sair de casa p\ me divertir e curtir os amigos um pouco, me embolei em uma mentiroca besta, e minha mãe se estressou e eu tive ir dormir na casa da minha avó, brother o sorvete que ela fez ta tão doce quanto a noite. Lado negativo: to com uma gripe miserável, mas fazer o que né? nem tudo é perfeito...

Jheu Fonseca
Estava tudo preparado, só restava por em prática. Mas a onda foi mais forte, e passou destruindo tudo, os castelos de areia foram por água abaixo, como pó se disseminando no espaço.
Só restava ultimo toque, já estava tudo pronto, porém mais uma vez deu tudo errado, no pior dos sentidos. Agora começar tudo de novo se reerguer e fazer tudo dar certo, ou fazer tudo dar alguma coisa, porque como diz um grande amigo, se tudo der certo eu to fudido...

Jheu Fonseca

Solitude...

As palavras saiam da sua boca como um tiro certeiro em minha direção, os seus lábios faziam questão de explicá-las letra por letra:
- VAI VIVER A SUA VIDA.
Ela disse, e com essas palavras me lançou a pior sentença que existe, a sentença da liberdade perpétua.
Então o que me restava? o mundo, os outros, as coisas que existiam lá fora.
Estava eu preso do lado de fora do abraço que foi meu durante tanto tempo.
Agora eu estava livre, esperando encontrar os braços abertos e escorregadios da solitude.

Fonseca

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Estranhamente poético...

É diferente estranho e surpreso
Como nada que tinha conhecido antes
Ensina retrai e retrata
Como uma imagem sinestésica confusa
Versifica diversifica e reveste
Vendo e revendo passos que possam ser dados
Livre jovem e indecisa
Seu eu lírico mostrando o meu eu.
Lírico e estranhamente poético
O mundo que a indecisão seduz
Conhecendo...

Jheu Fonseca