segunda-feira, 22 de março de 2010

Felicidade X Infelicidade

O mundo conspira a infelicidade alheia, qualquer manifestação de gesto felicitado é visto como uma grande ameaça a tristeza coletiva mundada.
Não queria que tudo fosse assim, poderíamos fazer uma negociação, lágrimas em trocas de sorrisos cronometrados a toda hora. Assim quem sabe aliviaria toda essa tristeza acumulada de geração em geração, baseadas em vontades reprimidas e suspiros calados.
A morte em troca de uma vida, lágrimas em troca de sorrisos, tapas em troca de carinhos, tem certeza que tem que ser assim¿ a negociação bem que podia ser mais favorável para o nosso lado, um pouco de felicidade momentânea ou duradoura não machuca ninguém. Prometo que guardo segredo, a felicidade será atirada em todos, e ninguém ira se questionar porque aquilo estaria acontecendo. Vamos negociar, quem sabe não se contagia com a alegria dos sorrisos alheios¿ as lágrimas poderiam ser de felicidade, as mortes de velhice, e os tapas...não sei, tem gente que gosta né.
O futuro do mundo depende dessa negociação, posso não ser tão boa defensora dessa causa, mas te peço com toda a minha vontade, que reconsidere. Podemos ser todos felizes juntos, um dia quem sabe...

Jheu Fonseca

Robôs sociais

Quando nascemos à sociedade já era existente, e todas as suas leis e regras também. Então o nosso dever ao nos tornarmos mais responsáveis é nos adequar a esse modelo social a que nos foi imposto. A sociedade funciona como um poder maior, que condiciona controla e organiza todas as ações, as limitando com uma ameaça de punição.
Toda essa introdução ao tema “Sociedade” e o “Ser” me leva a uma série de dúvidas, baseadas nas minhas vontades. O que seria o certo¿ uma ação que é certa para mim, pode não ser certa para a sociedade, e vice-versa. Então o que devemos fazer¿ agir como robôs, não desapontando a família, que é a maior base da sociedade¿ ou cada um fazer o seu próprio código de conduta¿
Semana passada pela primeira vez eu tive uma aula de Filosofia e Ética, e ao professor citar alguns temas polêmicos como esse, alguns alunos da sala se revoltaram, e disseram que esses assuntos não são discutíveis. Porque não são discutíveis¿ Porque a sociedade impôs isso, se não discutimos, não vamos fazer perguntas, se não fizermos perguntas não vamos querer respostas e por aí vai. Vou usar um termo meio chulo que o professou usou, “a sociedade coloca todos nós como jegues com viseiras que só olham p\ frente e não questionam nada”.
Todos nós temos direito de saber mais, questionar, querer desapontar a sociedade e entre várias coisas. Nem sempre o que a família e a sociedade impõem para nós, é o melhor. Eu quero ter o direito de tomar minhas próprias decisões, só temo que quando tiver coragem para afrontar e tentar fazer o que eu quero, seja tarde de mais.

Jheu Fonseca

quarta-feira, 17 de março de 2010

Espetáculo personificado...

Sem saber o que ser, fazer, comer com quem andar, e qual jeito de falar, que tipo de roupa vestir, e o que escrever e decidir entre tantos livros o que ler...
E em meio a tantas indecisões, me sinto sozinha misturada na multidão, como se ninguém visse minhas lágrimas minhas tristezas. Um espetáculo chamado EU, que todos vivenciam e assistem, aplaudem dão risada, mais não compreendem a verdadeira mensagem, e transição entre os personagens.
Mas quando estou sozinha me perdendo em pensamentos, não preciso usar minha máscara e nem vestir personagens, sou só eu comigo mesma. E nesse momento me sinto um brinquedo solitário que foi esquecido empoeirado no final da estante, esperando a aparição de alguém para poder recomeçar o fingimento, e fingir de tal forma que aquilo um dia possa se tornar realidade.

Jheu Fonseca