terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Soneto para uma nova vida....

Há de o tempo fazer-te
muito mais sã do que hoje basta
e como arremate de hasta
ferir-te levemente a sensatez
Sobrará, leve, o riso
de tudo que descansa sobre sua tarde
entre qualquer instante indiviso
outra porção de eternidade
Suprimida à seus prazeres
e por teus passos, espargidos
no peito contido, por outras tantas saudades
Como se largo fosse
a fresta duma vida inteira
tornarás, por brincadeira, a primavera verdade.

Caio Rihan


PS: sim sim ele broca...rsrs

beijoo Caio =D

...

É triste ver como nos toma conta
Ver que já passou da conta,
Que já se foi
Mas ainda perturba,
Machuca
Era amor, agora é mentira
É triste ver
Isso que se tornou
Isso que a gente se tornou
Tomados por tanta mágoa
Tantos erros
Nossos erros
Que transbordaram
E nos afogaram
E agora com pulmões cheios d´gua
Tentamos respirar.

EU QUERO PAZ...

Esquecer é o melhor a se fazer

Esquecer,

Não me importar

E por fim,

Ter paz...

...

escrevo letras
apago palavras
e reescrevo historias...

sábado, 25 de dezembro de 2010

Borrões...

A tinta forte marcava e escrevia letras bem feitas e formadas...
O tempo passa e a mão cansa...
As letras entortam...
A tinta enfraquece...

Uma gota negra escorre a ponta da pena,
Manchando todo o papel

Seguindo escrevendo as palavras ficam indecifráveis
E se perguntam porque ainda são escritas...

Interrompidas, perdem a razão de existir...
Palavras no inicio bem escritas,
No fim, borradas...

Na espera que se apaguem por completo,
E tenha a folha reciclada.

Novas de novo...

As palpebras caem, e sinto amolecer cada sentimentro que me pertence. Minhas mãos formigam enquanto escrevo, novas drogas e a historia se repete.
Meu cérebro me mantém acordada insistindo que eu assista todo o espetáculo dirigido por eles e estrelado por mim. Meu estômago demonstra repulsa  só de lembrar das manhãs jogadas a cama.
Será que vou passar por tudo de novo?

...

Cristalina hidrata
A branca droga
Subindo a lua
Descendo a garganta.
Por fim o destino a encontra
Digerida, ela entorpece
Confundindo nervos
E restaurando ordem
No que sempre foi CAOS!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Arritmia...¬¬

Eis que escuto um galope,
E procuro nos cantos e meios
Entre as meias e os contos

Escuto um galope
E agora já o sinto
Perseguindo-me
Se aproximando
E galopando...

Galope desgovernado
Me tira o sossego,
Me tira a vida
E segue galopando

Pois não, quando me viro do avesso
La está o galope,
Descompassado, e arrítmico

Arrítmico ele insiste na arritmia
Ritmo que não existe
E ainda insiste...

Batendo pena no sertão...

Se nois fosse avoar pelo sertão
Como dois passarinho avistano a seca de longe
Será que ia ser tão formoso quanto ver eles
Desenhando o céu com as avoada
Batendo pena que nem numa dança
Será que ia ser tão formoso?
Homi que copia bicho
E nem chega perto das beleza que já veio pronta
Tenta, mas nem consegue
Mata, mas nem chega perto
Nós foi feito p\ avistar de longe
E nem piscar p\ num assustar
Que nem dente de leão
Que se desmantela só com um suspirar.
Nois não assopra nem assobia
Espanta, põe p\ la,
É melhor ficar vendo de longe
Do que chegar perto p\ matar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Por um momento...

Em um piscar de olhos tudo se repetiu
La estava ela, esperando um sinal.
E um filme me rodopiou por dentro
Relembrando cada momento
No seu espaço ainda não preenchido.
Quando me dei por mim
Ela já estava em meus braços outra vez
Minhas mãos torneavam suas curvas
E novamente eu me perdia em sua sinuosidade
Como se tempo algum tivesse passado.
Anos viraram minutos de espera
O nosso ardor particular ainda era o mesmo
O toque, o beijo, nada havia mudado
Nosso jeito continua nos rondando
No deleite do nosso primeiro e único amor

Fonseca

domingo, 12 de dezembro de 2010

Fim...

Uma apunhalada no peito, seguido de um grito de dor, um grito mudo e barulhento, só ouve quem já sentiu ou sente a dor descrita.
Com coração despedaçado sinto como se já houvesse um enorme vazio em seu lugar, e ele se despedaça, deixando seus pedaços na arma do ceifador, que sem pena da o golpe final, matando o que restava de vida em suas mãos.
Agora o novo espetáculo é esperar que o último suspiro se solte p\ que o que restou do ar preso seja expelido e se junte aos demais, e por fim deixar a pobre alma viver sua morte em paz.

Jheu Fonseca

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Caminho ate Morfeu...

Ao som do chorinho tento cair nos braços de Morfeu que cuida e faz esquecer de tudo com um circuito a ser percorrido de nuvens que deslizam ao corpo feito chama saudável e flamejante que esquenta e nos faz sentir em casa...
Morfeu ele que me traz a paz do sono...e me bota a prova dos sonhos, uma interpretação noturna do que foi e do que vai ser o resto dos nossos dias. Cercado por nuvens ou por fogo, ou por nuvens fogosas que amaciam a queda e queimam os fundos por pura diversão.
E a cada chorinho que passa as palavras mudam de jeito, forma e intenção, as notas e instrumentos se misturam guiando os meus dedos para que eles harmoniosamente formem palavras, e escrevendo e escrevendo sei ate onde quero chegar:
- Quero chegar ate morfeu...

"madrugada de 09\12\2010"

Jheu Fonseca

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Conversa a fiado...

Vendendo conversa a fiado
sem cobranças de pagamento
p\ quem quiser comprar
p\ quem quiser acrescentar
um parabens, uma cerveja
mais gente se aproxima
a conversa ta barata
todo mundo quer comprar
a um bom prazo
sem pressa
e chega gente chega ideia
com ditos e populares
compartilha pensamento
e vende mais conversa
a noite vai caindo
a chuva quer participar
bagunçando com trovoadas, relampagos a iluminar
a boca fica seca
traz mais cerveja
e vem chegando mais
que enquanto tiver no estoque
conversa fiada é o que não vai faltar

Jheu Fonseca

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

É dela o olhar...

Apenas o olhar bastou
simples e sutil,
mas apenas ele bastou
roubou p\ sí
apenas no olhar
o sol fazia dele sua morada
expelindo a luz dourada
com pontinhos brilhantes ao redor
roubando mentes e sorrisos
ela seguia,
colecionando atenções...

Fonseca