sábado, 24 de abril de 2010

Ser não-autotrófico...


Em frente ao mar, atrás de um rio, em baixo da lua, dentro do meu corpo e presa ao chão. Presa, sem poder fugir da chuva que molha minha pele simulando as lágrimas que sentem preguiça de saltar em queda livre até a maçã do meu rosto. A grama verde pinica meus pés descalços, e o meu desejo era que as pequeninas folhas pudessem se mexer para fazer cócegas, e quem sabe forçar uma gargalhada a sair desse meu corpo preso.
E dentro desse quadro descrito anteriormente vejo certa melancolia e solidão. Carência talvez, aparentemente carência, carência com certeza.
Uma palavra inerente a todos os seres, inclusive eu. Queria muito ser auto-suficiente, mas não sou. Que inveja eu tenho das plantas, verdes autotróficas e fotossintéticas, não precisam de ninguém p\ cuidar delas, ou dar carinho. Mas essa será sempre a minha sina ser esse monte de células, não evoluído e dependente de meus semelhantes.

Jheu Fonseca

Ponto final

Nós somos como fogo e pólvora, quando se beijam se consomem.
A forma mais concisa do amor, irremediável e impactante.
Quando quer não dar rodeios nem ao menos disfarça, vê, seduz, consome de uma forma tão excitante, envolvendo em uma teia de declarações sussurradas e mentiras verdadeiras. Baseado na irrealidade dos sonhos, que é o único lugar onde pode descansar em paz, ou fantasiar seus desejos mais sujos.
Amor sem pudor, ou moralidade, simplesmente amor representado por dois animais sem escrúpulos, e cheio de banalidades inegáveis.
Após se encontrarem o fogo e a pólvora formam a faísca, a explosão e fumaça em um décimo de segundo, porém todos que presenciam a cena sentem o prazer representado por essa paixão. Muitas vezes não compreendida, mas mesmo assim amada pela sua incompreensão. A fumaça continua riscando o céu mesmo depois da sua antecedente e rápida explosão, como uma prova do amor acontecido. A explosão se agarrou a todos, e ainda hoje cada parte desse grande amor continua trazendo muitas lágrimas, para os infelizes e curiosos que presenciaram o acontecido.

Jheu Fonseca


PS: na maioria das vezes colocar um ponto final nas historias é a melhor coisa a se fazer.

Sinto SAUDADE...


Assumo, estou com saudade delas. Das bagunças, das noites mal dormidas, das festas mal planejadas, dos momentos que passamos juntas, da bipolaridade de quase todas, das caras de desprezo de algumas, das lagrimas e sorrisos de todas.
A vida sem vocês não é a mesma, ás vezes nos meus momentos de alegrias e tristezas imagino que estão toda estão ao meu redor, me abraçando ou gritando comigo, fazendo eu me sentir em casa de novo. Todo mundo sempre me falava que um dia a gente ia se separar, e cada uma ia seguir a sua vida, mais eu ainda não superei a ida de vocês p\ longe ou p\ perto, estou sem vocês do mesmo jeito.
Cada uma continuando a sua vida, longe uma da outra, e eu fico aqui no lugar de onde tudo começou acompanhando vocês como se as suas vidas fossem uma novela imperdível, ou uma revista por assinatura, que eu espero alvoroçadamente cada exemplar.
Me sinto sozinha sim, não achei ninguém capaz de reparar esse buraco que vocês deixaram, e guardo as minhas lagrimas e alguns sorrisos, para dar-lhes quando vocês retornarem, como um presente de boas vindas,e um convite para não me deixarem mais.
Jheu Fonseca

terça-feira, 13 de abril de 2010

De volta à ativa...

Depois de uma temporada difícil, regada a textos tristes, revoltados e depressivos, a verdadeira Jheu Fonseca está de volta.
Com mais alguns defeitos travestidos de qualidades, um pouco mais decidida, com sorrisos maiores ainda, e mais várias coisas que estão incluídas no pacote.
Muito tempo sem postar nada descente nesse blog, então decidir fazer esse texto, só p\ dividir algumas alegrias com vocês, queridos leitores.
1- Para quem não sabe eu faço parte de um grupo de forró pé de serra o Cabrueira, que é a verdadeira paixão da minha vida, sou movida a forró. E justamente hoje, o nosso grupo está de volta, to muito feliz com isso.
2- Durante esse meio tempo, tomei decisões importantes, sobre o meu futuro, e consegui decifrar sentimentos que me confundiam de tal forma, que não sei nem explicar.
3- To com a alto-estima mais alta do que nunca. To me sentindo bonita de novo, feliz, e apaixonante.
4- Hoje é dia internacional do beijo. (não preciso dizer mais nada)...
E como um amigo meu me disse várias vezes, a tristeza é como um doce, viciante, você tem que experimentar curtir e jogar fora. Eu sou expert em viciar nas coisas, mas acho que a tristeza não combina com meus vícios contraditórios, então to livre dessa...\o/
Jheu Fonseca